Sobrenomes iniciados com a letra O

 


Principais sobrenomes
Oliveira
  variação: d'Oliveira
21124
Oliveira Campos
558
Oliveira e Silva
61
Oliveira Machado
100
Oliveira Senra
50
Openheimer
  variação: Oppenheimer
80
Orleans
  variação: Orleães
121
Ornelas
  variações: Dornela, Dornelas, Dornella, d'Ornellas, Dornellas, Ornellas
369
Orsini
  variações: Ursine, Ursini
89
Ortiz
86
Osório
  variação: Ozório
113
Ottoni
  variações: Otone, Otoni, Ottone
454

Outros sobrenomes
Ó
21
Oblet
3
Obrist
1
Occhiena
2
Octaviani
5
Octaviano
7
Odorizze
1
Ogando
6
Ohana
4
Ohashi
10
Oiticica
14
Ojero
36
Okagawa
5
Okajima
2
Olaia
2
Olandim
13
Olandoski
3
Olbertz
2
Olea
5
o'Leary
2
Olegário
7
Oleriano
15
Oliani
4
Olímpio
  variação: Olímpia
41
Olinto
2
Oliva
42
Olivares
2
Olivé
12
Oliveira Arruda
11
Oliveira Barbosa
3
Oliveira e Souza
4
Oliveira Gago
7
Oliveira Leite
1
Oliveira Lima
9
Oliveira Martins
4
Oliveira Neves
5
Oliveira Penna
44
Oliveira Ribeiro
8
Oliveira Roxo
13
Oliveira Sampaio
4
Oliveira Santos
26
Olivença
1
Oliver
19
Oliverio
3
Olivetti
1
Olivieri
3
Oly
  variação: Olly
4
Olympique
1
Olyntho
19
Onça
12
Onofre
8
Opchinski
1
Orcioly
  variação: Orciuoli
2
Ordine
10
Ordiz
1
Ordones
  variações: Ordonez, Ordóñez
37
Ordonho
10
Ordoni
1
Orens
4
Orione
11
Orlando
25
Ormindo
1
Orneles
6
Orquiza
3
Orsi
6
Ortal
  variação: Hortal
20
Ortega
  variação: Hortega
32
Oryl
1
Orzil
2
Osa
2
Osannam
1
Osborne
5
Oscani
3
Oscar
5
Oshira
2
Ostemberg
8
Osten
1
Ostorero
3
Osvaldo
1
Otalara
2
Otaviano
4
Otávio
14
Otelino
1
Otero
  variação: Othero
31
Othon
  variação: Otton
14
Ott
17
Otto
4
Ottoline
4
Otway
1
Oty
1
Ourigues
7
Ourique
5
Ourives
3
Outão
1
Outeiro
6
Owen
2
Oyamaguchi
3
Oyarzu
2
Ozanick
1
Ozawa
3

 

Outros sobrenomes
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História dos Sobrenomes

Em linhas gerais, os sobrenomes começaram a surgir no final da Idade Média. Até então, as pessoas eram identificadas apenas por um nome. A vida urbana, que então florescia, passou a exigir que pessoas com o mesmo nome fossem diferenciadas por algum critério. Alguns eram identificados com a informação do nome de seu pai. Se havia duas pessoas como o nome Antônio, um deles virava o “Antônio, filho de Rodrigo”. Outros passaram a se diferenciar pela profissão. Tínhamos, então, o “Antônio Sapateiro”. E, finalmente, havia os que eram identificados pelo local de onde provinham. O Antônio que vinha da cidade de Guimarães, assim, se tornaria o “Antônio de Guimarães”. Com o passar do tempo, essa mera necessidade de diferenciação se tornou parte do nome e passou a ser legada aos descendentes. Surgiram, assim, os sobrenomes, e a sua classificação, que é adotada atualmente.

Os sobrenomes que provêm do nome do pai são chamados de patronímicos. São muito comuns. Temos Rodrigues, que significa “filho de Rodrigo”, Martins, “filho de Martim”, Gonçalves, “filho de Gonçalo”, Álvares (e também a forma reduzida Alves), “filho de Álvaro”, e Fernandes, “filho de Fernando”. Há também os patronímicos menos evidentes, uma vez que são baseados em nomes antigos, que caíram em desuso. Como exemplo, temos Gomes (filho de Guma), Lopes (filho de Lopo), Soares (filho de Soeiro) e Mendes (filho de Mendo). Os sobrenomes matronímicos, ou seja, herdados do nome da mãe, são bem menos comuns. Um exemplo é o sobrenome italiano “Di Maria”.

Os sobrenomes inspirados em profissões são menos frequentes no Brasil. Um caso interessante é o sobrenome Lamounier para o qual, segundo as informações fornecidas pelo sociólogo Bolívar Lamounier, em seu livro “Moinho, Esmola, Moeda, Limão - Conversa em Família”, há quatro possíveis origens, todas relacionadas a profissões (e que inspiraram o nome do livro). Em outros países, há casos de sobrenomes inspirados em profissões que ficaram famosos graças a pessoas ilustres que os ostentam, como Zapatero, na Espanha, e Schumacher, na Alemanha.

Os sobrenomes inspirados no local de origem são chamados de toponímicos ou geográficos. São os mais comuns, e podem ser subdivididos em dois grupos. Primeiramente, há aqueles que se referem ao nome de uma cidade ou uma região específica. Sobrenomes como Souza, Andrade, Teixeira, Rezende e Guimarães têm sua origem em lugares de Portugal. De origem espanhola temos os sobrenomes Castro, Araújo e Campos. E de origem francesa, os sobrenomes Rocha e Borges.

O outro grupo de sobrenomes toponímicos são aqueles que se referem a características de um local, mas não são associados a um local específico. É o caso dos sobrenomes com nomes de plantas, como Oliveira, Moreira (derivado de “amoreira”), Nogueira e Pinheiro. As pessoas que originalmente os adotaram provinham de regiões com abundância dessas respectivas plantas. Outros exemplos são Almeida (derivado do árabe “al mã'ida”, que quer dizer “a mesa”, ou seja, um local de planalto), Matos e Siqueira (derivado de “sequeira”, local seco).

Ainda dentro das categorias de sobrenomes que foram originalmente utilizados para diferenciação entre pessoas com mesmo nome, temos os sobrenomes que provêm de apelidos, cunhados em razão de características físicas de seus detentores. Nessa categoria estão os sobrenomes Pinto (atribuído a pessoas loiras), Leite (pessoas muito claras) e Bueno (“bom” em espanhol). Também dentro da categoria dos apelidos estão aqueles derivados de feitos históricos, como Machado (em tributo a Dom Mendo Moniz, que rompeu a golpes de machado as portas da cidade portuguesa de Santarém, no ano de 1147), Cunha (em tributo a Dom Guterres Paes e seu filho Dom Payo Guterres, que quebraram com cunhas de ferro as portas de Lisboa, a fim de libertá-la dos mouros) e Guerra (em tributo a várias pessoas envolvidas em guerras, que receberam o apelido “da Guerra”).

O sobrenome Silva tem também raízes geográficas específicas, mas deve-se buscar outra explicação para sua enorme popularidade. É conhecida entre os pesquisadores a argumentação, bastante plausível, de que o sobrenome Silva tenha se popularizado ao designar as pessoas que moravam no interior (ou na “selva”), em contraposição ao sobrenome Costa, que designava as pessoas que moravam no litoral.

Uma última categoria importante de sobrenomes, que surgiu em um período posterior, sem relação direta com a necessidade de diferenciação entre pessoas com mesmo nome, é a dos sobrenomes religiosos. Sua utilização se disseminou no período em que outros tipos de sobrenomes já eram de uso corrente. Eram atribuídos, por exemplo, a filhos fora do casamento, aos quais não se desejava atribuir o sobrenome da família. Em algumas épocas e em algumas regiões, ainda, somente os filhos homens, ou mesmo somente os primogênitos, recebiam o sobrenome do pai, e aos demais eram atribuídos sobrenomes religiosos. A escolha era, muitas vezes, em função da data do nascimento. Filhos nascidos no dia primeiro de novembro recebiam o sobrenome Santos, em homenagem ao dia de Todos os Santos. Nascidos no dia 25 de dezembro recebiam o sobrenome Nascimento. Outros sobrenomes religiosos eram atribuídos conforme o santo do dia do nascimento da criança, como Batista (em homenagem ao dia de São João Batista, 24 de junho).

Um caso interessante é o sobrenome Assis, que tem raízes geográficas, uma vez que serviu inicialmente para designar as pessoas provenientes da cidade italiana de Assis. Porém, a partir da canonização de São Francisco de Assis (que, ele próprio, recebeu esse sobrenome em tributo à sua cidade de origem), o sobrenome passou a ter origem religiosa, sendo adotado por famílias com o intuito de homenagear o santo, especialmente no caso das crianças nascidas no seu dia, 4 de outubro.

O site GeneaMinas contém atualmente 6.968 sobrenomes catalogados, todos acessíveis a partir dos links desta página, dos quais 867 são classificados na lista como “principais”, por terem pelo menos 50 ocorrências. Muitos deles contém informações mais detalhadas a respeito de sua história, acessíveis, quando disponível, através do link “História”, presente na página dedicada a cada sobrenome.

O site faz também a catalogação dos chamados sobrenomes compostos, ou seja, aqueles formados pela junção de mais de um sobrenome (como "Mata Machado"), e que passaram a ser tratados como se fossem um sobrenome só na medida em que são assim adotados por uma família, ao longo de mais de duas gerações.

Fonte: Dicionário das Famílias Brasileiras, de Carlos Barata e Cunha Bueno, e publicações do pesquisador Rodrigo Trespach