Sobrenomes iniciados com a letra E

 


Principais sobrenomes
Egg
154
Electo
  variação: Eleto
103
Elias
106
Encarnação
  variação: Incarnação
223
Escobar
58
Espíndola
130
Espírito Santo
919
Estêvão
  variações: Estevam, Estevan
59
Esteves
475
Estrada
52
Estrela
  variação: Estrella
71
Eulálio
50
Evangelista
567

Outros sobrenomes
Eanes
8
Eaterka
2
Eça
35
Ecker
6
Edmundo
2
Edson
2
Edwards
14
Efrem
  variação: Efren
6
Egídio
8
Egley
15
Ehrhorn
1
Eiras
18
Eires
3
Eisenberg
1
Elerati
1
Eleutério
  variação: Eleotério
27
Eliam
5
Eliazar
27
Eliázaro
9
Elisei
21
Elizeu
10
Eliziário
9
Ella
3
Ellera
11
Eloi
11
Eloy
  variação: Elói
38
Elpidio
9
Elsbury
8
Elvas
4
Emerich
  variação: Emmerich
3
Emery
16
Emídio
39
Encina
9
Endes
1
Endling
1
Endrigo
2
Enes
  variações: Enne, Ennes
22
Enge
9
Engelke
28
Engler
31
Engles
1
Enoch
15
Enxara
1
Epifânio
22
Equi
2
Erchenberger
2
Erckmam
2
Erichsen
  variação: Erichen
19
Eriz
  variação: Eris
21
Erlanger
1
Ermel
1
Ermigo
1
Ermigues
  variações: Ermiges, Hermigues
18
Ernandes
  ver Hernandez
Erotides
3
Ervilha
10
Esau
15
Escacha
3
Escarpes
2
Escórcio
  variações: Escócio, Escórcia
16
Escrivão
20
Esich
2
Esmeraldo
16
Espada
12
Espechit
  variação: Espeschit
22
Espellet
4
Esper
1
Esperidião
4
Espinheira
1
Espinhel
2
Espinola
  ver Spínola
Espínola
  ver Spínola
Espinoza
6
Espiridião
1
Espósito
  variação: Spósito
3
Espulio
1
Estácio
11
Estanislau
23
Estebanez
1
Esteris
1
Estilac
6
Etcheverry
  variação: Echeverria
5
Etrusco
9
Eucheria
11
Eufrásio
3
Eufrosino
12
Eugênio
24
Euler
11
Eurípedes
2
Euriques
2
Eutrópio
1
Euzébio
  variação: Eusébio
10
Evangelho
12
Evangelista de Alvarenga
2
Evans
5
Evaristo
26
Ezequiel
8

 

Outros sobrenomes
(clique na letra inicial do sobrenome que você quer encontrar)

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História dos Sobrenomes

Em linhas gerais, os sobrenomes começaram a surgir no final da Idade Média. Até então, as pessoas eram identificadas apenas por um nome. A vida urbana, que então florescia, passou a exigir que pessoas com o mesmo nome fossem diferenciadas por algum critério. Alguns eram identificados com a informação do nome de seu pai. Se havia duas pessoas como o nome Antônio, um deles virava o “Antônio, filho de Rodrigo”. Outros passaram a se diferenciar pela profissão. Tínhamos, então, o “Antônio Sapateiro”. E, finalmente, havia os que eram identificados pelo local de onde provinham. O Antônio que vinha da cidade de Guimarães, assim, se tornaria o “Antônio de Guimarães”. Com o passar do tempo, essa mera necessidade de diferenciação se tornou parte do nome e passou a ser legada aos descendentes. Surgiram, assim, os sobrenomes, e a sua classificação, que é adotada atualmente.

Os sobrenomes que provêm do nome do pai são chamados de patronímicos. São muito comuns. Temos Rodrigues, que significa “filho de Rodrigo”, Martins, “filho de Martim”, Gonçalves, “filho de Gonçalo”, Álvares (e também a forma reduzida Alves), “filho de Álvaro”, e Fernandes, “filho de Fernando”. Há também os patronímicos menos evidentes, uma vez que são baseados em nomes antigos, que caíram em desuso. Como exemplo, temos Gomes (filho de Guma), Lopes (filho de Lopo), Soares (filho de Soeiro) e Mendes (filho de Mendo). Os sobrenomes matronímicos, ou seja, herdados do nome da mãe, são bem menos comuns. Um exemplo é o sobrenome italiano “Di Maria”.

Os sobrenomes inspirados em profissões são menos frequentes no Brasil. Um caso interessante é o sobrenome Lamounier para o qual, segundo as informações fornecidas pelo sociólogo Bolívar Lamounier, em seu livro “Moinho, Esmola, Moeda, Limão - Conversa em Família”, há quatro possíveis origens, todas relacionadas a profissões (e que inspiraram o nome do livro). Em outros países, há casos de sobrenomes inspirados em profissões que ficaram famosos graças a pessoas ilustres que os ostentam, como Zapatero, na Espanha, e Schumacher, na Alemanha.

Os sobrenomes inspirados no local de origem são chamados de toponímicos ou geográficos. São os mais comuns, e podem ser subdivididos em dois grupos. Primeiramente, há aqueles que se referem ao nome de uma cidade ou uma região específica. Sobrenomes como Souza, Andrade, Teixeira, Rezende e Guimarães têm sua origem em lugares de Portugal. De origem espanhola temos os sobrenomes Castro, Araújo e Campos. E de origem francesa, os sobrenomes Rocha e Borges.

O outro grupo de sobrenomes toponímicos são aqueles que se referem a características de um local, mas não são associados a um local específico. É o caso dos sobrenomes com nomes de plantas, como Oliveira, Moreira (derivado de “amoreira”), Nogueira e Pinheiro. As pessoas que originalmente os adotaram provinham de regiões com abundância dessas respectivas plantas. Outros exemplos são Almeida (derivado do árabe “al mã'ida”, que quer dizer “a mesa”, ou seja, um local de planalto), Matos e Siqueira (derivado de “sequeira”, local seco).

Ainda dentro das categorias de sobrenomes que foram originalmente utilizados para diferenciação entre pessoas com mesmo nome, temos os sobrenomes que provêm de apelidos, cunhados em razão de características físicas de seus detentores. Nessa categoria estão os sobrenomes Pinto (atribuído a pessoas loiras), Leite (pessoas muito claras) e Bueno (“bom” em espanhol). Também dentro da categoria dos apelidos estão aqueles derivados de feitos históricos, como Machado (em tributo a Dom Mendo Moniz, que rompeu a golpes de machado as portas da cidade portuguesa de Santarém, no ano de 1147), Cunha (em tributo a Dom Guterres Paes e seu filho Dom Payo Guterres, que quebraram com cunhas de ferro as portas de Lisboa, a fim de libertá-la dos mouros) e Guerra (em tributo a várias pessoas envolvidas em guerras, que receberam o apelido “da Guerra”).

O sobrenome Silva tem também raízes geográficas específicas, mas deve-se buscar outra explicação para sua enorme popularidade. É conhecida entre os pesquisadores a argumentação, bastante plausível, de que o sobrenome Silva tenha se popularizado ao designar as pessoas que moravam no interior (ou na “selva”), em contraposição ao sobrenome Costa, que designava as pessoas que moravam no litoral.

Uma última categoria importante de sobrenomes, que surgiu em um período posterior, sem relação direta com a necessidade de diferenciação entre pessoas com mesmo nome, é a dos sobrenomes religiosos. Sua utilização se disseminou no período em que outros tipos de sobrenomes já eram de uso corrente. Eram atribuídos, por exemplo, a filhos fora do casamento, aos quais não se desejava atribuir o sobrenome da família. Em algumas épocas e em algumas regiões, ainda, somente os filhos homens, ou mesmo somente os primogênitos, recebiam o sobrenome do pai, e aos demais eram atribuídos sobrenomes religiosos. A escolha era, muitas vezes, em função da data do nascimento. Filhos nascidos no dia primeiro de novembro recebiam o sobrenome Santos, em homenagem ao dia de Todos os Santos. Nascidos no dia 25 de dezembro recebiam o sobrenome Nascimento. Outros sobrenomes religiosos eram atribuídos conforme o santo do dia do nascimento da criança, como Batista (em homenagem ao dia de São João Batista, 24 de junho).

Um caso interessante é o sobrenome Assis, que tem raízes geográficas, uma vez que serviu inicialmente para designar as pessoas provenientes da cidade italiana de Assis. Porém, a partir da canonização de São Francisco de Assis (que, ele próprio, recebeu esse sobrenome em tributo à sua cidade de origem), o sobrenome passou a ter origem religiosa, sendo adotado por famílias com o intuito de homenagear o santo, especialmente no caso das crianças nascidas no seu dia, 4 de outubro.

O site GeneaMinas contém atualmente 6.957 sobrenomes catalogados, todos acessíveis a partir dos links desta página, dos quais 866 são classificados na lista como “principais”, por terem pelo menos 50 ocorrências. Muitos deles contém informações mais detalhadas a respeito de sua história, acessíveis, quando disponível, através do link “História”, presente na página dedicada a cada sobrenome.

O site faz também a catalogação dos chamados sobrenomes compostos, ou seja, aqueles formados pela junção de mais de um sobrenome (como "Mata Machado"), e que passaram a ser tratados como se fossem um sobrenome só na medida em que são assim adotados por uma família, ao longo de mais de duas gerações.

Fonte: Dicionário das Famílias Brasileiras, de Carlos Barata e Cunha Bueno, e publicações do pesquisador Rodrigo Trespach