João Batista de Melo Brandão (Cadete de Itaipava) |
Código: 146012
 Serro, MG
 Diamantina, MG, 13 set 1875
 casou-se com Theresa Jesuina Fernandes
Contrariado por ter que lutar contra os parentes, comandou os monárquicos durante batalha em que derrotou Pedro de Alcântara Machado na ponte de Mendanha. Na ocasião, levou uma bala no braço.
Começaram a vida em Itaipava, muito pobres, com poucos escravos. Para se agasalharem do frio, tinham casacos de baeta. Moravam num rancho de capim. Batista vivia de mineração; um dia ele tirava um diamante; outro, um pouco de ouro. E assim iam vivendo felizes. Nesse tempo, a mineração era proibida. Quando os dragões passavam por lá, Teresa Jesuína escondia os diamantes e o ouro dentro da almofada de renda e ficava sentada batendo os bilros. Assim ela conseguia ludibriar os soldados.
Em uma ocasião em que Batista foi abrir um serviço na lavra da Lomba, Teresa Jesuína fez uma novena a Nossa Senhora e ela lhe atendeu. Quando começou o serviço, Batista descobriu um caldeirão (concentração de diamantes formada nas depressões do leito do rio) virgem. O diamante era tanto, que um escravo amigo e de confiança, chamado Tito, caiu de joelhos e de mãos postas para o céu exclamou: "Meu divino Pai e Senhor, se é castigo, que se suma esta riqueza." Teresa Jesuína, que nessa hora chegava com o café para o marido, ajudou também a catar os diamantes que apareciam como bagos de milho em cima do cascalho.
Batista nunca quis sair deste lugar. Mandava educar os filhos no Rio. As filhas só aprenderam a ler e escrever; mas todas casaram na Lomba sem nunca irem à cidade. A fama do dinheiro das filhas do Batista corria longe. Iam doutores e fazendeiros de Diamantina, do Serro e Montes Claros pedir em casamento uma das filhas sem as conhecer, e Batista era quem aceitava ou recusava conforme as informações. As únicas filhas que casaram por gosto, conhecendo os maridos foram Maria Augusta e Alexandrina, pois Batista já havia morrido.
Pedro II quis fazer barão de Itaipava o rico e feliz pesquisador de diamantes João Batista de Melo Brandão, mas ele recusou o título, pois sua esposa, D. Teresa, declarou-lhe que gostava de andar em casa de chinelos e saia rodada, não querendo usar sapatos de salto alto e anquinhas dentro do lar, o que a sua condição de baronesa a iria obrigar.
Inf.: Antônio Carlos Dayrell Lucas (Antônio Dayrell) Fone: (038) - 99871-3754 - Três Marias - Minas Gerais Email►antonio.dayrelltm@gmail.com Email►dayrellmortimer@groups.faceb
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Sobrenome Batista
Sobrenome Brandão
Sobrenome Melo
Cadastrado por Ruy Pereira Furquim Werneck.
Fonte: Antônio Carlos Dayrell Lucas (Antônio Dayrell) Fone: (038) - 99871-3754 - Três Marias - Minas Gerais Email►antonio.dayrelltm@gmail.com Email►dayrellmortimer@groups.faceb
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