Júlio Corrêa Mourão |
Código: 6492 Diamantina, MG, 12 jan 1885
Belo Horizonte, MG, 1962
casou-se com Nícia Corrêa Rabello
Irmãos: Francisco Sales Corrêa Mourão (1877 - 1926) Maria Mercedes Corrêa de Oliveira Mourão (1879 - 1959) Maria Cecília Corrêa Mourão (1880 - 1882) Maria Olinta Corrêa Mourão (1881 - 1972) Pedro Corrêa Rabelo Mourão (1882 - 1963) Maria Bernadete Corrêa Mourão (1884 - 1944) Maria José Corrêa Mourão (1889 - 1970) Maria Zelinda de Oliveira Mourão (1891 - 1976) João Corrêa Mourão (1893 - 1894) Maria Esther Corrêa Mourão (1894 - 1967) João Cleto Corrêa Mourão (1896 - 1966) Olímpio Júlio de Oliveira Mourão Júnior (1900 - 1972) Paulo Krüger Corrêa Mourão (1901 - 1989)
Voz de Diamantina - 05 - 16/01/1926
Fez annos a 12 do corrente o sr. Dr. Julio Mourão, illustrado promotor de Justiça desta Comarca e nosso amigo muito querido. O Dr. Júlio Mourão, que é um dos mais nobres caracteres que conhecemos, desde muito se impoz entre nós pela inteligëncia, pela cultura e acima de tudo pela grandeza de coração e delicadeza de sentimentos, o que lhe tem conquistado grande circulo de amigos e admiradores.
Ao ensejo do seu natalicio, innumeras foram as demonstrações de amizade e apreço por elle recebidas da sociedade diamantinense, ás quaes cordialmente, juntamos as nossas.
Sobrenome Corrêa Sobrenome Mourão
Fonte: Nossa Gente Genealogia
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Nícia Corrêa Rabello |
Código: 6680 Diamantina, MG, 13 nov 1883
Belo Horizonte, MG, 1962
Nome de casada: Nícia Corrêa Rabello Mourão
casou-se com Júlio Corrêa Mourão
Irmãos: Maria Lúcia Corrêa Rabello (1872 - 1949) Gabriel Ferreira Rabello (1873 - ?) Esther Corrêa Rabello (1875 - 1960) Hilda Corrêa Rabello (1877) Francisco Corrêa Rabello (1885 - 1886) Aristides Corrêa Rabello (1886 - 1941) Plotino Ferreira Rabello (1892 - 1892) Clélia Corrêa Rabello Edésia Corrêa Rabello José Corrêa Rabello (? - ?) Francisco Ferreira Rabello
XIII novembro MCMXLIV
SENHORA
Approuve a Deos que, per la Sua Gloria Maior, a vida vossa en annos se dillate assi como per lo Ceo dilatão se os rayos fulgurosos da estrella Venus.
Disparatado nam hé o comparar-se o terrenal percurço de essa vida com o allargado trajecto celestial de aquelle Astro; que sendo a Matutina adorna com suas luzes a algaravia das alvoradas; e que Vespertina sendo enternece com sua bizarria scintillante as tristuras crepusculares.
Vespertina e Matutina tendes sido vos, em essa intermitente festa de luminarias espirituaes, jocundas nos amanheceres, graves e commedidas nas horas mais austeras do anoiteçer.
Ora no Levante alviçareiro, ora no Poente melancólico, sois sempre luz. E aquelle peregrino descuydado, que a si mesmo se perdeu per los meandros ennovelados de a sandiçe ou desespero, esteja de olios tornados para aqui, ou para ali, ha de sempre Vos ver do alto, como guia propício, marcando o rumo certo e appropriado de las rotas milhores e seguras.
Louuores, entam, Vos sejam feitos por essa predestinaçam com que à vida vindes.
Postoque de Vos tam affastado, ainda assi aos olios meos he presente a luz que de Vos emana. Luz que ao coraçôom me assoberba de saudade e nostalgia da distançia.
En o dia do anniverçario vosso, rogo a Deos que nasça o sol maes brilhante e seja o ceo de gran pureza. Para que en tanta diaphaneidade se desprenda maes vivace a luminosidade excelsa que de Vos promana e que, sendo a vida vossa é existência nossa.
Do filho Nícias
O poema a seguir é de autoria de Nícia, para uma neta.
As Artes de Tatá
(para Stael Jardim)
Que é da mamãe? Não está aqui?Vim aqui me esconderEla está me procurandoE creio que vai me bater.
Mas também fiz uma arte!...Vou-lhes contar em segredoPois se ela ouvir minha vozChiii! E meu Deus, estou com medo!
A mamãe disse que eu sempre fuiUma menina levadaE que sempre preciseide muita e muita palmada!
Certa vez, me conta ela,Nesse tempo eu era "assinzinha"Estava tirando o jejumCom um bom café com farinhaTinha um maninho de um mês.
Querem saber o que eu fiz?Com um punhado de beijus,Entupo-lhe boca e nariz.Mamãe corre assustada, Encontra o nenem sufocado.Tira o chinelo, e eu záz - atrás do estrado.
Outra vez... isto eu me lembroEstava lá em casa um Doutor,Gravata branca, casaca...E aqui na lapela uma flor;Fui esperá-lo na escadaE quando vai me abraçandoPrego-lhe atrás um rabãoQue vai pela rua arrastando.
Mamãe que estava na sacadaDessa vez não me perdoou.Corro daqui, dali,Debalde; o chinelo cantou.
Desta vez, ainda foi pior;Como vocês sabem tão bem,A D. Lulu, de cabelos, Só 2 ou 3 fios tem,Por isto usa peruca.Ora. eu que sou muito levadaSempre tive uma vontadeDe vê-la de creca pelada.
Hoje, não sei por que sorteCai a peruca no chão.Eu dobro numa gargalhadaE corro com ela na mão.Mamãe corre atrás e grita:- Menina! você é maluca?Passo perto do fogão, e záz!Era uma vez a peruca.
Vocês não fazem idéiaDe como ficou engraçadaA pobre da D. LuluCom sua creca pelada!
E agora? como há de ser?Hei de ficar sempre assim?Ih! meu Deus, aí vem ela.O que há de ser de mim?
Sobrenome Corrêa Sobrenome Rabelo
Fonte: Nossa Gente Genealogia
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