Ignácia Mendes Ramos
(1736 - 1819)

Francisco Antônio da Silveira

Código: 3400

Nascimento 1735

Falecimento Serro, MG, 7 fev 1803

 casou-se com Marianna Luciana da Cunha Pereira

Recebeu praça de Soldado da Companhia de Dragões do Capitão Ignácio da Luz, no dia 08/ago/1760, provavelmente em Vila Rica do Ouro Preto, MG, Brasil, sede mais provável dessa companhia, ou no Quarteldos Dragões, em Cachoeira do Campo, MG, Brasil, o qual, muito mais tarde, se tornou um conhecido Colégio dos Padres Salesianos. Foi mandado em uma missão, na década de 1760, para Paracatu, MG, Brasil, mas adoeceu gravemente, em 1768, e teve que se licenciar, para tratamento, tendo feito uma petição solicitando reembolso das despesas com o tratamento, no valor de 69$132 r.s. Recebeu em dinheiro o pagamento do fardamento dos anos de 1762 a 1768, no valor de 85$310 r.s, por requerimento datado de "Vila Rica 21 de 8br.º de 1768", com a Informação: "O Sup.e teve praça na Comp.ª de Luz a 8 de Ag.º // de 1760 e se lhe deve o fardam.tº a 35 rz por dia // te o presente em q´ se deve abater 22$000 r.s de q´ recebeo. V.ª R.ª de M.çº 30 de 1769. // Mag.es." - Cálculos: "Em 146 dias de 8 de Ag.º the os dias [?] de Dez.º de 1760 = 5$120 // 61 // 62 // 63 // 64 // 65 // 66 // 67 // 68 - Em 8 anos he o de 17 [?] a 12$775 = 102$200 // Soma = 107$320 // - 22$ // 85$310". Regressando, foi internado no Hospital dos Militares de Vila Rica do Ouro Preto, MG, Brasil, ignorando-se por quanto tempo. Mais tarde, anos de 1773 e 1774, ainda era Soldado da Companhia de Dragões, do Capitão Ignácio da Luz. Em 1775, as Companhias de Dragões foram extintas e foi criado o Regimento de Cavalaria Ligeira Paga. Em 06/jun/1778, o Soldado Francisco Antônio da Silveira iniciou a servir na 1.ª Companhia do Regimento de Cavalaria Ligeira Paga, do Destacamento do Serro do Frio, no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, onde chegou proveniente de Paracatu, MG, Brasil. Já no ano de 1779, vamos encontrar o Soldado Francisco Antônio da Silveira integrando a 4.ª Companhia, uma das oito (8) Companhias do Regimento de Cavalaria Ligeira Paga. No 2° trimestre do ano de 1780, Francisco Antônio da Silveira havia sido promovido ao posto de Anspeçada, que é um degrau acima do posto de Soldado e inferior ao de Cadete. No 4° trimestre do ano de 1781, Francisco Antônio da Silveira continuava no posto de Anspeçada, incluído com o n° 91, em outra Relação de Menestras vencidas. Em 25/out/1784, o Anspeçada Francisco Antônio da Silveira foi de novo incluído em outra relação de conserto de armas. Sabe-se, que, após a reforma, o Cadete Francisco Antônio da Silveira passou a Ajudante Pago de Milícia, posto reservado, nas Milícias, para militares reformados e com experiência suficiente para exercê-lo. É certo que, em 1796, o Cadete Francisco Antônio da Silveira já se encontrava na Vila do Príncipe, MG, Brasil, pois já existem reembolsos de despesa em seu nome por transportar cabedais da Intendência do Ouro, da Vila do Príncipe, MG, Brasil, para Vila Rica do Ouro Preto, MG, Brasil, e vice-versa. Em 1797, seu filho Simão da Cunha Pereira da Silveira já entrava na licitação para ocupar o cargo de Escrivão da Câmara da Vila do Príncipe, MG, Brasil, no triênio 01/jan/l798 a 31/dez/1800, coincidindo também com os primeiros registros de batizados de escravos daquele, encontrados nessa localidade.
Uma importante fonte de receita para os moradores do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, era o aluguel de escravos para a Real Extração dos Diamantes, do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, e, no período 1778-1785, ele foi um freqüente fornecedor de mão de obra de escravos de aluguel, recebendo "a jornal", isso é, por escravo/dia. Tinha medianas posses, na década de 1790, considerando-se o número de escravos que possuía, cerca de meia dúzia.
diversos: O Senado da Câmara da Vila do Príncipe, MG, Brasil, recusou-se a aceitar o novo Escrivão, alegando os mais diversos motivos, incluindo "... injurias publicas e escandalosas que tem sido feitas com palavras injuriosas indignas de se relatarem a V. Ex.a [pelo] Pai do Rematante o cadete Francisco Antonio da Silveira destacado nesta Vila a muitos dos moradores da mesma e ainda aos oficiais deste Senado, ...". Os camaristas insubordinados foram admoestados pelo Ouvidor Geral e o jovem Simão da Cunha Pereira da Silveira pode exercer o ofício de Escrivão da Câmara sem ser molestado, permanecendo no cargo de 01/jan/1798 a 31/dez/1799. Em uma petição do Capitão de Milícia Simão da Cunha Pereira (pai), alega que "he filho legítimo e unico de Francisco Antonio da Silveira que relevantes serviços prestou também ao Estado na Intendencia do Ouro da Vila do Principe, o que tudo mostra pelos Documentos juntos". Entre os documentos anexos à petição anterior, encontra-se um em que "Bernardino José de Queiroga Cavalleiro da Ordem de Christo Coronel Comandante do Regimento N.12° de Cavallaria Ligeira de 2ª Linha do Exercito &" diz: "Attesto que Simão da Cunha Pereira, Capitam da 2ª Cõpanhia do mesmo Regimento hé f. legitimo e unico de Francisco Antonio da Silveira, Ajud.e pago que foi do 1° Extinto Regimento de Cavallaria desta Comarca: ...". Em um atestado encabeçado por "O D.ºr Juis de Fora Prizidente, Vereadores e o Procurador da Camara da Villa do Principe, e Seu Termo" consta que o "... Cadete Francisco Antonio da Silveira, que muitos annos esteve destacado na Intendencia desta Villa, sendo muito diligente em promover os interesses della, no Exercicio de buscar, e conduzir o Ouro para a dita Intendencia: e passando depois ao Posto de Ajudante de Milicias, exercitou este Posto com muito Louvor, e honrado Comportamento ...", datado de "Villa do Principe em Camara de 17 de Novembro d' 1827.".

Sobrenome Silveira

Fonte: Site pessoal de Jorge da Cunha Pereira Filho
Parentes próximos Descendentes

Marianna Luciana da Cunha Pereira

Código: 3401

Nascimento Diamantina, MG, abr 1752

Falecimento Serro, MG, 7 nov 1839

 casou-se com Francisco Antônio da Silveira

Irmã:
Anna Fortunata da Cunha Pereira (1749 - ?)

Meios-irmãos:
Luiza Victória de Siqueira Henriques de Ayalla (1767 - 1847)
Anna Cândida da Conceição (1783 - ?)
Dionísio Caetano da Cunha Pereira
Ângelo Rodrigues Nogueira (? - ?)
José Rodrigues Nogueira
Antônio Rodrigues Nogueira
Custódio Rodrigues Nogueira
Maria Magdalena de Siqueira Henriques de Ayalla
Anna Mendes Ramos
Januário Mendes Ramos

Depois do óbito do marido dela, ocorrido na Vila do Príncipe, MG, Brasil, em 07/fev/1803, e talvez ainda sob o impacto da morte dele, em 25/mar/1803, Marianna Luciana professou na Arquiconfraria de São Francisco, da Vila do Príncipe, MG, Brasil. Há referências de que teria sido também irmã da Ordem 3ª de N. Sra. do Monte do Carmo, da Vila do Príncipe, MG, Brasil, e que as anuidades dela teriam sido pagas pelo filho. Pelo fato de ter sido sepultada na Capela de N. Sra. da Purificação, do Serro, MG, Brasil, supõe-se que também fosse irmã dessa Irmandade.

Sobrenome Cunha
Sobrenome Pereira
Sobrenome Cunha Pereira

Fonte: Site pessoal de Jorge da Cunha Pereira Filho
Árvore genealógica Parentes próximos Descendentes Famílias às quais pertence

Filhos do casal:
Simão da Cunha Pereira (1774 - 1843)Justiniano da Cunha Pereira (1798 - ?)
Pacífico da Cunha Pereira (? - 1805)