Piqueroby
(1480 - 1562)
Tapuia Piqueroby
(? - 1530)

Cosme Fernandes Pessoa (Bacharel de Cananéia)

Código: 230593

Nascimento Portugal, 1480

Falecimento 1541

 casou-se com F. Fernandes (Índia Karay-Yó Terebe)

Um dos primeiros povoadores de São Vicente.
Discutido demais por historiadores sobre sua identidade. Sabe-se que era português, degredado ou náufrago, desde 1501.
Quando Martim Afonso aqui chegou, o expulsou da vila vicentina para Cananéia, local determinado para seu degredo.
Sabe-se que morreu em Iguape, deixando herdeiros.
É atribuído a ele a fundação de Iguape, Cananéia e é o verdadeiro fundador da Vila de São Vicente.

Fonte: Boletim IHGSV

Cosme tornou-se conhecido como "o Bacharel de Cananéia" ou "Mestre Cosme".

Sua verdadeira identidade é, até hoje, controversa. Segundo alguns historiadores, os espanhóis em Cananéia o chamavam de Duarte Peres. Porém o mais aceito atualmente, baseado em documentos da época, é que o verdadeiro nome do "Bacharel" era Cosme Fernandes Pessoa.

Cosme, embora menos conhecido, foi um personagem tão importante quanto Caramuru ou João Ramalho nas primeiras décadas da história do Brasil.

Acredita-se que Cosme tenha vindo para o Brasil em 1501, na armada de Américo Vespúcio ou em 1502 na expedição de Gonçalo Coelho. Segundo outros, Cosme teria vindo para o Brasil ainda antes de 1500, em uma expedição portuguesa não oficial, comandada por Bartholomeu Dias.

Veio como degredado, acusado de um crime político (ou, talvez por perseguição religiosa), e foi deixado em Cananéia para cumprir sua pena. Segundo o registro existente no Livro dos Degredos, seu destino era 25 graus de "ladeza", na costa do Brasil, o que coincidia com a extremidade sul da Ilha do Meio, onde nasceu o primeiro povoado da futura capitania, denominado Maratayama.

Segundo a tradição, Cosme viveu em Cananéia desde 1502. Seu cognome foi dado ao "Porto de Bacharel", até hoje existente naquela enseada. Cosme logo assumiu a liderança entre os degredados portugueses, conquistou os indígenas regionais, teve muitas mulheres nativas e gerou numerosos filhos. Extremamente violento com os inimigos, Cosme percebeu que o terror era o meio mais eficaz para subjugar os nativos.

Praticamente sem oposição, Cosme fortaleceu-se a tal ponto que, por volta de 1510, invadiu e assumiu controle da feitoria portuguesa de São Vicente, onde ergueu um forte, construiu um estaleiro (no rio Japuí) e instalou um porto (junto à Ponta da Praia, no estuário do rio São Vicente) para o tráfico de escravos nativos, com capacidade de fornecer mão de obra a todos os interessados europeus a seu alcance. Além disso, abastecia com víveres e suprimentos os navios europeus que por ali passavam rumo ao Rio da Prata.

Seis anos depois, em 1516, São Vicente já era um promissor povoado, com moradias e ruas organizadas, com comércios de variedades, além do seu famoso viveiro de escravos.

Entre 1520 e 1530, coordenados pelo Mestre Cosme, os primeiros sertanistas partem de São Vicente rumo ao norte, até Angra dos Reis, aprisionando e matando nativos, e estabelecendo pequenos arraiais e grandes propriedades pelos caminhos. Com finalidade de apossamento de terras, os homens de Mestre Cosme alcançaram o planalto de Piratininga pela estrada de São Vicente, e deram início ao processo de interiorização.

Em 15 de Janeiro de 1528, o navegador Diego Garcia aportou em Cananéia para reabastecimento. Nesta ocasião, reencontrou o degredado Cosme, sobre o qual os portugueses não tinham notícias há 25 anos. Cosme era então o primeiro e um dos maiores traficantes de escravos do Brasil.

Nessa época, Cosme vivia como "um rei branco entre os índios". Possuía mais de 200 escravos e mais de mil guerreiros dispostos a lutar por ele. Era temido e respeitado por todas as tribos costeiras de São Paulo até Santa Catarina, e ninguém ousava desafiar seu poder.

Cosme foi denunciado às autoridades portuguesas, por seus amigos Pedro Caniço e Henrique Montes. Os acusadores afirmavam que Cosme se aliara aos judeus expulsos de Portugal que residiam em terras espanholas, ao sul de Cananéia, para onde a Espanha também enviara seus degredados judeus. Cosme estaria oferecendo oportunidades a judeus de outras nacionalidades, para se apossarem de terras pertencentes a Portugal.

Quando Martim Affonso de Sousa chegou ao Brasil em 1531, uma de suas missões era reduzir o poder de Mestre Cosme. O Bacharel foi expulso de São Vicente e obrigado a confinar-se como degredado em Cananéia e Iguape. Em Agosto desse mesmo ano, retirou-se para lá com sua numerosa família. E Cosme foi, assim, o fundador da vila de Iguape, no litoral de São Paulo.

Em 1534 (ou 1536), como desagravo por terem perdido tudo o que haviam construído durante vinte anos, as forças de Iguape, compostas por espanhóis, portugueses e indígenas, liderados por Mestre Cosme e seus genros, atacaram a Vila de São Vicente. Os poucos soldados que Martim Affonso deixara na vila não constituíram resistência, e São Vicente foi saqueada e destruída. Os moradores fugiram apavorados e se refugiaram na povoação que surgia no Enguaguaçu.

Sobrenome Fernandes
Sobrenome Pessoa

Cadastrado por Gustavo Faria do Amaral.
Parentes próximos Descendentes

F. Fernandes (Índia Karay-Yó Terebe)

Código: 230594

Nascimento Brasil, 1505

Falecimento Falecida.

 casou-se com Cosme Fernandes Pessoa

Irmãos:
Antonia Rodrigues Piquiroby (1498 - ?)
Jaguaranho (? - ?)

Sobrenome Fernandes

Cadastrada por Gustavo Faria do Amaral.
Fonte: http://www.arvore.net.br/Paulistana/ Genealogia do Cercado http://www.genearc.net/index.php?op=aG9t
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Árvore genealógica Parentes próximos Descendentes Famílias às quais pertence

Filhos do casal:
Antonio Fernandes (Marcos Fernandes, o Velho) (1520 - 1599)Maria Gardete Fernandes (1522 - 1580)