Pedro Lopes Pelicão
(1580 - 1652)
Francisca Gonçalves
(1585 - 1638)
Cosme da Silva
(1580 - ?)

Gonçalo Lopes

Código: 225313

Nascimento Portugal, 1610

Falecimento Falecido.

 casou-se com Catharina da Silva

Gonçalo (juntamente com seu compadre Antônio de Azevedo Sá) era o maior capitalista e banqueiro da vila de Piratininga. Com seu capital, concorreu com avultadas quantias às grandes empresas do século XVI, como a expedição em busca de esmeraldas de Fernão Dias Paes, e a expedição à Colônia do Sacramento.

Em 1658, como Procurador do Conselho da vila de São Paulo, enfrentou um período agitado, quando explodiu a guerra civil entre os Pires e os Camargo.

Em 1681, Gonçalo foi testamenteiro de Antonio de Azevedo Sá, recebendo na ocasião 100.000 réis..

Gonçalo e Catharina foram padroeiros da Ordem Terceira de São Francisco.

Em 1686, 1687 e 1689, Gonçalo assinou como mesário os termos de sua fraternidade franciscana. Em 4 de Outubro de 1691, professou sua mulher, "dona viúva que ficou do irmão Gonçalo Lopes".

Talvez tenha chegado a ministro da Ordem Terceira, pois foi sepultado no presbitério da capela, privilégio reservado aos sacerdotes Terceiros e aos ministros.

Sobrenome Lopes

Cadastrado por Gustavo Faria do Amaral.
Fonte: Genearc e Genealogia Paulistana
Árvore genealógica Parentes próximos Descendentes Famílias às quais pertence

Catharina da Silva

Código: 225314

Nascimento São Paulo, SP, 1615

Falecimento 1694

 casou-se com Gonçalo Lopes

Irmãs:
Gregória da Silva (1611 - aprox. 1700)
Maria da Silva (? - ?)

"Dama paulistana imensamente rica, em 1694 legou à Ordem Terceira, por cláusula testamentária, a quantia de 100 contos de réis. Para sepultá-la, a mesa da Ordem abriu exceção de uma determinação de 1692, concernente a sepulturas no presbitério da capela: "Não obstante ter-se feito termo de que se não enterrasse no presbitério irmão algum, salvo alguém que fosse ministro atual ou habitual, contudo dispensou a Mesa que se enterrasse a Irmã Catarina da Silva na cova de seu marido e Irmão Gonçalo Lopes".

"Acompanharam o enterro os religiosos do Carmo, sete sacerdotes seculares, a fraternidade da Ordem Terceira de São Francisco, os Irmãos da Ordem da Santa Casa de Misericórdia e toda a irmandade com a sua bandeira e ainda, dezesseis cruzes de diferentes igrejas e confrarias. (Parece que não compareceu a Confraria das Onze Mil Virgens do Colégio dos Padres Jesuítas, como determinou o seu testamento - "de que sou irmã" - pois desta não se encontra quitação. Tampouco aceitaram os jesuítas as 150 missas, que ali deviam se celebrar)".

"Foram celebradas as seguintes missas de corpo presente: dez no Convento de São Francisco, catorze no Convento do Carmo, cinco no Mosteiro de São Bento, sete por sacerdotes seculares. No Convento de São Francisco se fez ofício solene de três lições com missa cantada, e no sétimo dia ofício de nove lições e missa solene, c/ assistência do Padre Vigário e de todos os clérigos presentes em São Paulo. As despesas do funeral representaram a enorme soma de 260$680 réis".

Em seu testamento, Catharina declara: Rogo a Mathias da Silva e a Luiz Fernandes Francês e a meu neto Estevão Lopes de Camargo queiram ser meus testamenteiros.

Meu corpo será sepultado na capela de meu Padre São Francisco com o hábito da sua sagrada religião.

Declaro que o meu genro, o Capitão Sebastião Borges da Silva, me ficou devendo 90$000 réis que cabiam à minha parte do que consta do inventário do defunto meu marido, como também me deve mais em dinheiro, que lhe emprestei 60$000 réis, de que me não passou clareza.

Declaro que me deve meu genro Manuel Gomes de Sá 49$000 réis ou o que na verdade constar no inventário do meu marido.

Declaro que de toda a fazenda que se achar por minha morte, as duas partes são de meus herdeiros e só a terça é minha; e dela disponho na maneira seguinte:

Deixo de esmola à minha irmã Ângela da Silva 20$000 réis, e sendo seja morta lhos mandem dizer em missas.

Deixo à minha irmã Francisca da Silva 20$000 réis.

Deixo à minha neta Isabel Borges da Silva 50$000 réis, e à sua irmã Marianna 20$000 réis.

Deixo mais às minhas netas Anna e Josepha, a cada uma, 20$000 réis, e todas estas netas que nomeio são filhas do capitão Sebastião Borges da Silva.

Deixo à minha neta Joanna de Camargo 20$000 réis; deixo à sua irmã Isabel de Camargo 20$000 réis, e assim os desta como os da irmã os porão meus testamenteiros a ganhos e lhos darão quando se casarem.

Deixo à minha neta Páschoa Barbosa 30$000 réis.

Deixo aos meus netos, filhos do defunto Francisco Barbosa, que são três, a cada um deles 10$000 réis.

Deixo à minha afilhada Lourença Pereira, filha de Francisco Pereira Ribeiro, da Cotia, 20$000 réis.

Deixo à minha bisneta Maria, filha de Antonio Rodrigues de Arzão 20$000 réis.

Deixo à minha irmã Maria da Silva, mulher de Luís Yannes 20$000 réis, e, sendo seja morta, a suas filhas.

Deixo a meu sobrinho Fructuoso da Costa 10$000 réis.

Deixo à minha bisneta, filha de Francisco Ferreira, 30$000 réis.

Deixo à minha irmã Joanna da Silva, uma rapariga do gentio da terra por nome Catharina.

Deixo à minha filha Maria da Silva uma tapanhuna por nome Maria.

Deixo à minha filha Felícia da Silva um casal de peças tapanhunas, a saber, Anna e seu marido Manuel, e sua filha Lourença.

Deixo a meus testamenteiros 16$000 réis a cada um.

Deixo a meu sobrinho Cosme da Silva, filho de João Pereira 16$000 réis.

Deixo a meus netos, filhos do defunto Fernão de Camargo, a saber, Gonçalo, Pedro, João, e Thomás 10$000 réis a cada um.

Deixo para uma filha de Francisco Vieira 10$000 réis.

Deixo 40$000 réis que se darão a duas sobrinhas do defunto meu marido, aquelas que mais necessitadas forem.

E o remanescente de tudo o mais que tocar a minha terça, deixo a minha filha Maria da Silva, para que me encomende a Deus.

Declaro que não devo cousa alguma a ninguém.

Roguei a Luís Fernandes Francês este fizesse e por mim assinasse em minhas pousadas nesta vila de São Paulo, hoje, nove de julho de mil e seiscentos e noventa e três anos. Assino a rogo da testadora Catharina da Silva por não saber escrever.

Sobrenome Silva

Cadastrada por Gustavo Faria do Amaral.
Fonte: Genearc e Genealogia Paulistana
Árvore genealógica Parentes próximos Descendentes Famílias às quais pertence

Filhas do casal:
Joanna Lopes da Silva (? - ?)Maria da Silva (? - ?)
Francisca da Silva (? - ?)Felícia da Silva (? - ?)