João Velho Maldonado
(1460 - 1505)
Potira Tibiriçá
(? - 1560)

João Maldonado Ramalho

Código: 224101

Nascimento Vouzela, Portugal, 1493

Falecimento São Paulo, SP, 1580

 casou-se com Isabel Dias (Bartyra Mbcy)
casou-se com Catarina Fernandes das Vacas

Em seu testamento, João Ramalho declarou ter sido escudeiro da rainha.

Não se sabe como João Ramalho veio parar no Brasil. Talvez tenha sido um náufrago, talvez degredado. Sabe-se que estava no Brasil pelo menos desde 1508.

Vivia com os índios guaianases. Adaptou-se perfeitamente aos costumes indígenas e, segundo depoimentos de seus contemporâneos, havia se "barbarizado". Era venerado, temido e respeitado pelos nativos. Segundo o explorador alemão Ulrich Schmidel, João Ramalho "podia arregimentar cinco mil índios em um só dia, enquanto o rei de Portugal só ajuntaria dois mil".

Em 1531, quando Martim Affonso de Sousa chegou ao Brasil, encontrou João Ramalho nos arredores de São Vicente. Nesta época, João Ramalho vivia no planalto de Piratininga, acima da Serra do Mar, e foi ele quem conduziu os portugueses serra acima, pela trilha do Paranapiacaba.

Segundo o padre Manoel da Nóbrega, a vida de João Ramalho era "uma petra scandali. Tem muitas mulheres e ele e seus filhos andam com as irmãs de suas esposas e têm filhos delas. Vão à guerra com os índios, suas festas são de índios e assim vivem, andando nus como os índios". Apesar das críticas dos jesuítas, João Ramalho era o verdadeiro senhor da região de São Vicente e Piratininga. Martim Affonso e seus sucessores sempre o consultavam antes de tomarem alguma decisão importante naqueles territórios.

João Ramalho recebeu de Martim Affonso de Sousa terras de sesmaria, tornando-se assim proprietário oficial de áreas registradas pelo governo português.

Martim Affonso nomeou-o "guarda-mor da borda do campo", incumbindo-o de barrar qualquer português que tentasse avançar para o interior sem sua autorização.

Tomé de Sousa escreveu ao rei informando que João Ramalho tinha "tantos filhos, netos e bisnetos, que não ouso dizer a Vossa Alteza. É homem de mais de setenta anos, mas caminha nove léguas antes do jantar, e não tem um só fio branco na cabeça ou no rosto".
Fonte: Genearc

Sobrenome Maldonado
Sobrenome Ramalho

Cadastrado por Gustavo Faria do Amaral.
Fonte: Genearc e Genealogia Paulistana
Árvore genealógica Parentes próximos Descendentes Famílias às quais pertence

Isabel Dias (Bartyra Mbcy)

Código: 224102

Nascimento Piratininga, SP, 1500

Falecimento Falecida.

 casou-se com João Maldonado Ramalho

Irmã:
Beatriz Ramalho Dias (? - ?)

Índia Bartira Mbcy
O nome Bartyra significa "Flor de Árvore". Era também chamada de M'bicy.
Em 1553, o padre Manoel da Nóbrega convenceu João Ramalho a se casar com Bartyra, que antes foi batizada e recebeu o nome cristão de Isabel Dias. Contudo, não se sabe se o casamento chegou a ser realizado, pois ela aparece no testamento de João Ramalho como "criada".

Bartira (também conhecida como M´bicy ou Isabel Dias) foi uma indígena tupiniquim cuja trajetória foi importante para o estabelecimento da sociedade colonial no planalto paulista do século XVI.

Ela foi uma das filhas do famoso cacique Tibiriçá, um importante líder tupiniquim, e casou-se com João Ramalho nos costumes indígenas. Na época, estas relações entre as mulheres indígenas e os homens europeus eram a forma como as alianças políticas e diplomáticas eram construídas em várias partes dos impérios coloniais europeus.

Presumivelmente em 1515, ela casou-se com o aventureiro-explorador João Ramalho, português natural de Vouzela, com quem viveu por mais de quarenta anos. Recebeu o nome de Isabel Dias ao ser batizada na religião católica pelos Jesuítas, no planalto de Piratininga. O casal teve nove filhos juntos, dos quais descenderam os principais membros das famílias da elite paulista colonial.

Entre os descendentes de Bartira, encontram-se o general Antônio de Sousa Neto, articulador da República Rio-Grandense e a rainha-consorte Silvia Sommerlath da Suécia, descendente de quatrocentões paulistas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bartira

Sobrenome Dias

Cadastrada por Gustavo Faria do Amaral.
Fonte: Genearc e Genealogia Paulistana
Árvore genealógica Parentes próximos Descendentes Famílias às quais pertence

Filhos do casal:
Joanna Ramalho (1510 - 1590)André Ramalho (1530 - 1588)
Antônia Quaresma Ramalho (? - ?)Antônio de Macedo (? - ?)
Catharina Ramalho (? - ?)Victorino Ramalho (? - ?)
Margarida Ramalho (? - ?)Marcos Ramalho (? - ?)
João Ramalho, Filho (? - ?)