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Maria da Costa |
Código: 206207 Évora, Portugal, aprox. 1584
Portugal
casou-se com Fernão Vieira Tavares casou-se com Diogo Nunes Machado
Irmãos: Francisca da Costa Catarina da Costa Teotônio Gomes de Elvas Isabel Lopes Margarida Ximenes
(...) Maria da Costa, mulher de Fernão Vieira Tavares, era madrasta do bandeirante Antônio Raposo Tavares. Era cristã-nova e em sua casa se praticava o judaísmo. Por ter sido presa pelo Santo Ofício, é possível reconstituir sua vida através do seu processo 270. Maria da Costa era natural da cidade de Évora, onde nasceu cerca de 1584, filha de João Lopes de Elvas, mercador, e de Inês Álvares, que seriam naturais de Elvas, conforme o depoimento de Maria da Costa, na sessão de genealogia em 9 de março de 1619. Declarou que seus avós paternos eram Gomes Rodrigues e Isabel Lopes, que supunha serem também de Elvas; dos maternos não tinha conhecimento nenhum. Todos eram cristãos novos, à exceção de sua mãe, que era meio cristã-velha 271. Declarou ser casada com Fernão Vieira Tavares, cristão-velho, que foi escrivão dos órfãos de Beja e à época era Contador Mor do Brasil e dele tinha três filhos: Pascoal, de 8 anos, Diogo e Ana, mais moços. Disse que ela fora casada anteriormente com Diogo Nunes Machado, cristão-novo que tinha as rendas, de quem teve dois filhos: Isabel da Costa, que com ela estava presa no Limoeiro e não sabia o que era feito dela, e .... de Brito, que faleceu solteiro.(...)
Em 1618 foi presa e torturada pela Inquisição de Lisboa e libertada em 1624 da masmorra da Santa Inquisição, mas a data de falecimento é ignorada. (...)Depois de jurar aos Santos Evangelhos, foi-lhe mandado que tivesse segredo em tudo que viu e ouviu e passou na Mesa do Santo Ofício e nos cárceres. Foi advertida que se ela, em algum tempo tornasse a cair em erros de heresia e apostasia, que o Santo Ofício não teria misericórdia e que seria entregue à Justiça Secular. Permaneceu nos cárceres da Inquisição de Lisboa durante 6 anos. Tentou fugir para o Brasil, onde se encontravam o marido, filhos e enteados, mas foi denunciada e presa. Frustrada em suas esperanças, nunca mais os reviu.
Sobrenome Costa
Cadastrada por T. Azinete C. Dias. Fonte: Tribulações do povo de Israel na São Paulo colonial
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