José Harry Leite

Código: 6697

Nascimento Ribeira de Pena, Portugal, 29 ago 1909

 casou-se com Maria Antonieta Mourão de Miranda

Foi do alto comércio da capital de Minas Gerais.

Sobrenome Harry
Sobrenome Leite

Fonte: Nossa Gente Genealogia
Árvore genealógica Parentes próximos Descendentes Famílias às quais pertence

Maria Antonieta Mourão de Miranda (Mariinha)

Código: 6467

Nascimento Diamantina, MG, 16 fev 1921

Nome de casada: Maria Antonieta Maria Antonieta de Miranda Leite

 casou-se com José Harry Leite

Irmãos:
Maria Nilda de Miranda Mourão (1900 - 1997)
Carlos Mourão de Miranda (1901 - 1902)
Carlos Mourão de Miranda (1902 - 1951)
Alberto Mourão de Miranda (1903 - 1904)
Alberto Mourão de Miranda (1904 - 1905)
Alberto Mourão de Miranda (1906 - 1968)
Olímpio Mourão de Miranda (1907 - 1967)
Heráclito Mourão de Miranda (1909 - 1989)
Maria Eustela Mourão de Miranda (1910 - 1997)
Yolenita Mourão de Miranda (1910 - 1925)
Maria Solange Mourão de Miranda (1913 - 1985)
Mariana Jofrina Mourão de Miranda (1914 - 1998)
Newton Mourão de Miranda (1915 - 1917)
Maria Vanita Mourão de Miranda (1917 - 2003)
Maria Olinta Mourão de Miranda (1918 - 1982)

Dona Mariinha foi cantora, meio soprano, de alta qualidade.
O texto abaixo foi escrito por seu sobrinho Roberto Almeida em fevereiro de 1999, mês em que Mariinha e José Leite completavam 50 anos de casados.
Araxá, 1.961
Peço licença a todos para contar um pedacinho de minha história. Toda ela é muito ligada a Tia Mariinha e por isso pretendemos pegar uma carona nesta bela efeméride da qual estamos participando. Também a 26 de fevereiro, só que de 1957, foi realizado outro casamento, o meu. A data foi escolhida com a orientação de Tia Mariinha, muito mais entendida que eu em tais misteres: é que dentro do prazo pretendido pelos noivos, a data de 26 não tinha liturgia própria e poder-se-ia então escolher os textos das leituras mais de acordo com a cerimônia do casamento.
Começou aí a proteção de Tia Mariinha sobre o futuro casal, que, inclusive, ofereceu ao noivo imaturo aconselhamento maternais com respeito à noite de núpcias...
Tia Mariinha assistiu ao nosso casamento, tendo deslocado-se com a sua família de Belo Horizonte para Diamantina, prestigiando os nubentes e encantando a todos com sua bela voz de contralto, cantandoo Pannis Angelicus e a Ave Maria, na cerimônia do casamento celebrada pelo Arcebispo D. José Newton da Almeida Batista, alcolitado pelo jovem seminarista Leonardo, na Igreja do Carmo.
Fixamos residência na rua Marília de Dirceu, no prédio de Tio Alberto e pudemos aproveitar a vizinhança da Tia Mariinha, que morava então na rua Curitiba.
O tempo passou rápido, e em 1961 morávamos em Araxá.
Os primeiros meses daquele ano foram de muita chuva na região; a via permanente – nome do leito da estrada de ferro – sofreu bastante, com várias fugas de aterro que colocavam trilhos e dormentes pendurados no ar e várias quedas de barreiras, que obstruíam a ferrovia. O responsável pela manutenção da via permanente trabalhou duro para o restabelecimento da circulação dos trens, inclusive dias e dias sob a chuva que teimava em não dar uma trégua...
Talvez por causa do seu esforço, os colegas que ocupavam cargos de chefia e direção em Belo Horizonte decidiram premiá-lo ( ele que tinha apenas 4 anos de casa) e indicaram-no para um curso de especialização no Rio de Janeiro, com a duração de três meses, a ser realizado na Escola Nacional de Engenharia, situada no Largo de São Francisco.
Para que os colegas do Rio também pudessem participar do curso, foi o mesmo programado para ser realizado à noite; com isso, os engenheiros do "interior" dispunham de todo o dia para estudar e... ir à praia.
A primeira reunião no Rio de Janeiro, para as informações referentes ao curso, foi realizada num dos últimos andares de um alto edifício, e o representante de Araxá teve muita dificuldade em prestar atenção ao que estava sendo explicado: de uma ampla janela podia ver o mar, e, aos 29 anos de idade, não conseguia tirar os olhos – e nem a sua atenção – daquela magnífica imensidão, que contemplava pela primeira vez.
Naquela época os funcionários do governo não eram, como agora, o bode expiatório das dificuldades enfrentadas pelos dirigentes políticos; a "diária" recebida para o atendimento do curso era generosa e possibilitou o aluguel, de meia com outro representante de Minas Gerais, de um modesto mas confortável apartamento na Avenida Atlântica, Posto 1, próximo ao Leme, bem de frente para o mar, onde ficaram alojadas as duas famílias, sendo a de Araxá composta de 5 pessoas, e a de Lavras – sede do outro representante de Minas – composta de 4 pessoas, num total de 9 almas.
O curso foi realizado nos meses de maio, junho e julho; a família de Araxá era composta de Roberto, Nentá, Clódio, Maria Inês e Antônio Humberto; por mais de uma vez, ao atravessarem a movimentadíssima Avenida Atlântica, com aquele jeitão de capiaus, eram interrogados por alguma carioca espantada, com aquela linguagem na segunda pessoa: "São todos teus"?
Mas em maio de 1.961 a família de Araxá não era composta de "apenas" 5 pessoas...dois meses antes, em março, precisamente no dia 5, chegara ao mundo a sexta representante! O que foi feito dela, com apenas dois meses de vida? O que fizeram com ela aqueles pais irresponsáveis que foram para a Capital do País (Brasília estava nas vésperas de ser inaugurada), passar o dia inteiro na praia e apenas algumas horas na escola?
Duas verdades respondem as perguntas anteriores: os pais eram muito jovens e não "sabiam o que estavam fazendo" e, o fato mais importante, a magnanimidade de Tia Mariinha, que recebeu em sua família de cinco filhos, de três a dez anos de idade, mais um membro, e esse de apenas dois meses de vida: Maria Elisa, a quem, por nada menos que três meses seguidos, tratou com tantos carinhos e cuidados que os pais, ao regressarem, quase não a reconheceram, tão bonita e tão gordinha estava....

Sobrenome Miranda
Sobrenome Mourão

Fonte: Nossa Gente Genealogia
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Casaram-se em 26 fev 1949.

Filhos do casal:
Antônio José de Miranda Leite (1950)Ignácio Miranda Leite (1953)
Emanuel de Miranda Leite (1956)Mercedes de Miranda Leite (1958)