História de Betim


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A região onde hoje fica Betim foi colonizada por luso-brasileiros e fazia parte de uma importante rota de bandeirantes, que ia de São Paulo a Pitangui, atraídos pelas descobertas minerais, e também de uma rota de abastecimento que ia da Bahia às Minas.

Devido ao fato de que a rota que passava por Betim era próspera, o bandeirante Joseph Rodrigues Betim, ligado ao famoso Borba Gato, solicitou sesmaria nessa região em 1711. Betim herdou seu nome deste pioneiro bandeirante, que não permaneceu nessas terras, transferindo-se para Pitangui em 1714.

Logo depois da doação da sesmaria, a região consolidou-se como local de passagem e parada dos tropeiros. O antigo casarão que hoje abriga a Casa da Cultura foi construído nesse momento. Entre 1711 e 1750, a sesmaria de Betim recebeu diversos núcleos de povoação. O primeiro a ganhar importância foi o arraial da Bandeirinha do Paraopeba, que recebeu este nome porque ali aconteceu uma “bandeirinha”, isto é, uma pequena busca de minerais ou “ramo” de uma bandeira. No local onde estava esse povoado, hoje está o bairro Bandeirinhas.

Por volta de 1750, os habitantes da Bandeirinha solicitaram à Igreja Católica a construção de uma capela. O local escolhido para isso foi um monte, e a capela foi construída onde hoje se encontra a Praça Milton Campos. Como já havia outras capelas na região, em Mateus Leme e Santa Quitéria, hoje Esmeraldas, o novo templo tornou-se conhecido como Capela Nova do Betim, nome que depois se estendeu ao arraial surgido em seu entorno. Essa primeira capela tornou-se a Matriz em 1867 e foi demolida em 1969. Em seu lugar, na Praça Milton Campos, encontra-se atualmente um monumento à Igreja Velha.

Entre 1760 e 1800, o arraial de Capela Nova do Betim cresceu em importância e foi elevado a distrito em 1797, fato confirmado pela Câmara de Sabará em 1801. Nessa época, Betim sofreu a crise econômica que atingiu toda a antiga zona de mineração. Passou a desenvolver atividade econômica voltada à subsistência, mantendo a agricultura e a pecuária já importantes no auge do chamado ciclo do ouro. As fazendas mais importantes estavam ligadas à família Nogueira Duarte, sediada na região da Serra Negra. Às margens do Rio Betim, instalaram-se olarias e moinhos de fubá, que chegaram a somar 35.

O século XX nasceu em Betim com a implantação da infraestrutura que posteriormente faria da região um polo industrial. Entre 1909 e 1911, a Schnoor Engenharia construiu o ramo de estrada de ferro que corta Betim. O engenheiro Antônio Gonçalves Gravatá, então funcionário da Schnoor, sugeriu a construção de uma usina hidrelétrica na principal queda d’água do Rio Betim, que tinha 84 metros. A hidrelétrica foi construída por Gravatá, em suas terras (Fazenda Cachoeira) e gerou energia para Betim e localidades vizinhas.

O crescimento de Capela Nova do Betim e sua relativa autonomia econômica, além de lideranças políticas atuantes, fizeram com que o distrito se tornasse município, já com o nome de Betim, através de uma reforma administrativa realizada em 1938.

Nas décadas de 1940 e 1950, Betim volta a ter importante função de abastecimento, desta vez destinado à capital, Belo Horizonte. O planejamento estadual destinou a Betim uma industrialização de base, representada por siderúrgicas, e a produção de alimentos para o abastecimento da capital. A implantação da Fiat Automóveis S/A, em 1976, e das indústrias fornecedoras de autopeças, resultaram na formação do segundo polo industrial automobilístico do país.

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografía e Estatística - disponível em https://cidades.ibge.gov.br. Acesso em 29/03/2022.